Curta Vitória a Minas começa a preparar terceira edição de Concurso de Histórias

Se você mora em um dos municípios do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas, fique atento! A sua cidade pode estar entre os municípios capixabas e mineiros que participarão da terceira edição do Concurso de Histórias do Curta Vitória a Minas. O objetivo é selecionar histórias reais ou inventadas escritas por moradores das localidades para serem transformadas em filmes de curta-metragem pelos próprios autores(as). O patrocínio é do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.

O projeto acaba de lançar em sessões gratuitas ao ar livre dez ficções e documentários com roteiro, direção e produção dos moradores que tiveram histórias selecionadas pela segunda edição lançada no ano passado. Três mil pessoas prestigiaram as sessões realizadas em ruas e praças das comunidades. O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas II percorreu os municípios de Aracruz (04/07), Ibiraçu (05/07), João Neiva (06/07), Colatina (07/07) e Baixo Guandu (08/07), no Espírito Santo, e continuou na estrada em direção a Aimorés (09/07), Ipatinga (12/07), Naque(13/07), Coronel Fabriciano (14/07) e Nova Era (15/07), em Minas Gerais.

A chegada do caminhão-cinemas às cidades movimentou a cultura local e conectou as pessoas.  “O cinema é uma arte coletiva. As exibições também são construídas através deste mesmo processo colaborativo, pois envolve a participação e a mobilização de todos na cidade, incluindo o apoio das prefeituras municipais. A telona instalada num ponto de grande concentração e movimento promove o encontro e a integração dos moradores”, destaca a coordenadora do Instituto Marlin Azul, Beatriz Lindenberg.

Para a coordenadora, a aproximação e a identificação dos moradores com os conteúdos abordados pelas obras levam ao grande sucesso dos filmes. “As histórias são emocionantes! Muitos espectadores se reconhecem nos relatos de vida e resgatam memórias da infância. Alguns filmes também chamam a atenção para temas do cotidiano como, por exemplo, o alerta ambiental em torno do cuidado com o descarte do lixo. Outra questão social que chamou a atenção na mostra foi ligada à gravidez na adolescência, com relatos contundentes das jovens mães”, exemplifica Beatriz.  

O lançamento dos curtas-metragens nas cidades marca o nascimento das obras após um período de quase um ano de preparação desde o concurso de histórias, as oficinas audiovisuais, a pré-produção, a produção, a gravação e a edição. “As estreias nas cidades encerram uma etapa e, ao mesmo tempo, inauguram uma nova fase do projeto que é a difusão dos filmes. As obras irão circular através da exibição em diferentes espaços, multiplicando o acesso e a visibilidade dos curtas”, explica a coordenadora. Uma das ações de difusão será a apresentação das obras nas TVs do Trem de Passageiros e a inscrição dos filmes em mostras e festivais.

Texto: Simony Leite Siqueira

Fotos: Gustavo Louzada

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