Curta valoriza união comunitária em Nova Era (MG)

Uma das principais motivações do Curta Vitória a Minas II é o fortalecimento territorial das cidades. A integração e a força comunitária marcaram as gravações do primeiro dos dez filmes da segunda edição do projeto. Desde a inscrição no concurso, passando pelos meses de pré-produção até o último dia de filmagem, neste domingo (22/01), amigos, familiares e colegas de trabalho da autora, Luciene Crepalde, a Dezinha, formaram uma rede de participação, motivação e mobilização para tornar realidade o curta-metragem “Dezinha e sua Saga”, baseado nas memórias de infância da criadora da história.

Cada parceiro desta rede de colaboração assumiu um desafio na organização das atividades seja na busca da melhor locação, na confecção dos figurinos, na preparação do cenário, na pesquisa e seleção dos objetos de cena, na hospedagem, alimentação e no transporte do elenco. A prefeitura municipal e o comércio local também deram apoio na solução das demandas da produção.

As filmagens começaram na sexta-feira (20/01), continuaram no sábado (21/01) e se encerraram no domingo (22/01). Apesar da chuva, ora intensa, ora mais branda, a turma não esmoreceu com a instabilidade do tempo nem com as longas horas de gravação. Tudo pra executar uma a uma cada cena. Para formar o elenco, a autora contou com a participação dos amigos, que mesmo sem experiência com atuação, se esforçaram pra aprender. E arrasaram!

Uma das estrelas da ficção é a Emanuelle Camile Gonçalves Oliveira, de nove anos, escolhida pra interpretar a protagonista da aventura. “Eu nunca tinha participado de um filme. Fiquei muito ansiosa pra poder gravar”, conta a menina. Ao longo dos três dias de filmagem, assim como nos ensaios, Manu manteve o foco e a disposição sempre com graciosidade e vontade de aprender. “Foi uma experiência muito boa. Espero ter mais oportunidade. É o meu sonho aparecer na TV e ser atriz. Não tenho palavras pra descrever o quanto foi bom”, conta a jovem atriz que iniciará o quarto ano do ensino fundamental em 2023.

Com 32 anos de idade, a operadora da Estação de Tratamento de Água, Mayra Eduarda Martins dos Santos, aceitou de imediato o convite para interpretar a Dona Joana, mãe da Dezinha. “Quando fui convidada para atuar, achei que fosse uma coisa mais simples como os teatros da igreja. Não sabia que tudo seria gravado. Foi uma experiência nova. Estou muito feliz de ter participado, deu muito certo e ficou melhor do que eu imaginava. Foi tudo muito profissional. A equipe é tranquila, muito paciente, nos ajudou e nos instruiu direitinho. Muita gente se disponibilizou pra fazer parte do filme. Eu gostei muito”, relata Mayra.

Quem também atuou pela primeira vez em um filme foi o motorista da Secretaria Municipal de Saúde, Vitor Martins dos Santos, de 35 anos. “Nunca imaginei contracenar em um curta-metragem. A Dezinha me chamou e achei que era zoeira, brincadeira. Sou um cara brincalhão, mas tenho um pouquinho de vergonha também. Mas a gente tirou de letra. Eu faria tudo de novo se tivesse. A gente está até pensando na Saga de Dezinha 2. Que esse projeto (Curta Vitória a Minas) vá mais longe, vá a mais lugares”, avaliou o motorista, intérprete do Seu Zé Domingues, pai da autora.   

Texto: Simony Leite Siqueira

Fotos: Gustavo Louzada

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