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Revista Eklética
08/09/2022
Curta Vitória a Minas II reúne autores de histórias em Santa Cruz (Aracruz-ES)

Chegou a hora de reunir os dez autores das histórias selecionadas pelo Curta Vitória a Minas II para uma imersão no mundo do cinema! A nova turma composta por moradores de municípios que se desenvolveram no entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas se reunirá em Santa Cruz, em Aracruz (ES), no período de 04 a 18 de setembro, para descobrir como se transforma uma história em curta-metragem.

A segunda edição selecionou autores vindos de Ibiraçu, João Neiva, Baixo Guandu e Colatina, no Espírito Santo, e de Aimorés, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Naque e Nova Era, em Minas Gerais. As histórias trazem inspirações como as memórias da infância, os laços familiares, a poesia do rio e da estrada de ferro, as lendas, as guardiãs dos saberes, a proteção das águas e das matas e um olhar para a maternidade, dentre outras temáticas.

Durante quinze dias, os autores conhecerão na teoria e na prática o que é um roteiro, qual o trabalho do diretor, como se pensa a fotografia e o som de um filme, o que faz um produtor, qual o papel do diretor de arte, como se edita uma obra audiovisual e quais as principais estratégias de mobilização comunitária. Com duração de 120 horas, o curso será ministrado por professores especializados de renome nacional.

Após as oficinas audiovisuais, os autores retornarão às cidades de origem para gravação dos filmes, com o suporte de equipamentos, o acompanhamento de profissionais do projeto e o envolvimento dos moradores locais em atividades técnicas e artísticas. Mais adiante, com as obras prontas, o projeto percorrerá ruas e praças dos municípios para exibir os curtas em telonas de cinema durante sessões abertas e gratuitas.

Ao transformar as histórias em filmes, a iniciativa quer registrar e difundir os costumes, os hábitos, os saberes, as lendas, os personagens e as peculiaridades das cidades do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas.

O Curta Vitória a Minas II é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com a realização do Instituto Marlin Azul, Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo.

O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais.

Em 23 anos de atividades, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais, ambientais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Curta Vitória a Minas, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, o Projeto Animação, o Cine Quilombola e os Griôs de Goiabeiras.

Saiba quem são os selecionados

Nome: Ademir de Sena Moreira

História: O Tempo Era 1972

Cidade/Estado: Naque (MG)

Nome: Ana Paula da Conceição Imberti

História: Sem Título

Cidade/Estado: Ibiraçu (ES)

Nome: Elisangela Bello Pereira Barcellos

História: Lia, Entre o Rio e a Ferrovia

Cidade/Estado: Aimorés (MG)

Nome: Fabrício Machado Bertoni

História: O Último Trem

Cidade/Estado: Colatina (ES)

Nome: Jaslinne Pyetra Matias dos Santos

História: Um Ponto Rotineiro

Cidade/Estado: Baixo Guandu (ES)

Nome: Luan Ériclis Damázio da Silva

História: O T-Rex e a Pedra Lascada

Cidade/Estado: João Neiva (ES)

Nome: Luciene da Conceição Mendes Crepalde

História: Dezinha e sua Saga

Cidade/Estado: Nova Era (MG)

Nome: Nilo José Rezende Tardin

História: Colatina, a Princesa do Rock

Cidade/Estado: Colatina (ES)

Nome: Patrícia Araújo Azevedo Alves

História: Mães do Vale “Um Olhar para a Maternidade”

Cidade/Estado: Coronel Fabriciano (MG)

Nome: Rita de Cacia Bordone

História: Santa Cruz

Cidade/Estado: Ipatinga (MG)

Conheça os professores

Luelane Loiola (Roteiro e Direção Ficção) – Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Dirigiu os documentários “Como se Morre no Cinema”, “Sol de Oro no Festival de Biarritz” (vencedor de 11 prêmios nacionais), “A Cidade e o Poeta”, “Machado de Assis” e “Rio, 39,6 Graus”. Montadora e assistente de direção, trabalhou com Nelson Pereira dos Santos desde o filme “Memórias do Cárcere”. Assina a montagem de “A Música segundo Tom Jobim”. Foi diretora assistente nos filmes de Hugo Carvana, com quem trabalhou desde “O Homem Nu”. Recebeu prêmio de Melhor Montagem pelos filmes “Áurea”, de Zeca Ferreira; “O Quinze”, de Jurandir Oliveira; e “Rio de Memórias”, de José Inácio Parente. Dirigiu o documentário “Carvana” sobre Hugo Carvana. Atuou como orientadora de roteiro e direção do Revelando os Brasis nas seis edições do projeto e no Curta Vitória a Minas em sua primeira edição.

Márcia Medeiros (Edição) – É editora e diretora. Como editora fez os programas globais “Fama”, “The Voice Kids”, as séries do GNT “Bem Estar”, “Que Marravilha!” e “Liberdade de Gênero”, do diretor João Jardim. Ainda na televisão editou as três temporadas de “O Bom Jeitinho Brasileiro” do canal Futura, a série “Capoeira” da TV Brasil e pelo History Channel, “O Infiltrado”. Em 2017, editou ainda a inédita “#DesdeJunho”, feita pela Noix Cultura em parceria com a EBC. No campo documental editou o filme “Uma Família Ilustre”, de Beth Formaggini, ganhador do Festival Internacional de Lanzarote e do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, ambos de 2016, e “Memória para Uso Diário”, do Grupo Tortura Nunca Mais, também dirigido por Beth Formaggini, vencedor do prêmio de Melhor Filme do Júri Popular do Festival do Rio de 2007. Ainda neste campo, editou documentários sobre os artistas plásticos Abraham Palatnik, Iole de Freitas e Cildo Meirelles. Editou os curtas-metragens “Maria, Ana Maria, Mariana” e “O Casamento de Mario e Fia”, dirigidos por Paulo Halm. É professora de edição em programas de capacitação como “Revelando os Brasis”, “Curta Vitória a Minas”, “Belas Favelas” e “Projeto Memória: HumanizaRio”.

Beth Formaggini (Produção para Documentário) – Documentarista, pesquisadora e produtora audiovisual. Dirigiu os longas-metragens “Memória para Uso Diário”, co-produzido pela sua produtora, a 4Ventos e pelo Grupo Tortura Nunca Mais, premiado pelo júri popular do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, e “Xingu Cariri Caruaru Carioca”, também produzido pela 4Ventos, eleito o melhor filme do 8º Festival In-Edit Brasil. Como produtora e diretora, em 2019, lançou nos cinemas, Canal Brasil e em VOD, o longa “Pastor Cláudio- 76”, uma conversa entre o bispo evangélico Cláudio Guerra, ex-chefe da Polícia Civil, que assassinou e incinerou militantes contrários à Ditadura, e Eduardo Passos, psicólogo que trabalha no atendimento a pessoas que sofreram violência do Estado, obra vencedora de diversos festivais e mostras. Como curta-metragista dirigiu “Uma Família Ilustre”, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, além de obter prêmios em mais de 15 festivais nacionais e internacionais, e “Angeli 24 horas”, que recebeu 12 prêmios. Dirigiu os curtas e médias “Cidades Invisíveis”, “Nós Somos um Poema”, “Nobreza Popular” e “Walter.doc- O Tempo é Sempre Presente”, entre outros.

Ana Paula Cardoso (Direção de Arte) – Formada em Cenografia pela Escola de Belas Artes (UFRJ), é responsável pela direção de arte e cenografia de oito longas-metragens, dentre eles, “Casa Grande”, de Fellipe Barbosa, “Aspirantes” de Ives Rosenfeld, “Avanti Popolo” de Michael Wahrmann, e a cenografia do “Desenrola”, de Rosane Svartman. Fez a direção de arte de mais de 15 curtas-metragens, entre eles “O Resto é Silêncio”, “Maria, Ana Maria, Mariana”, “Retrato de um Artista com um 38 na mão”, todos dirigidos por Paulo Halm, e o recente “Com os Pés na Cabeça”, dirigido por Tiago Scorza. Trabalha também como diretora de arte em publicidade e TV e como professora orientadora no projeto Revelando os Brasis.

Alexandre Guerreiro (Produção para Ficção) – Professor Adjunto de Direitos Humanos, Inclusão e Educação da UERJ/FFP. Doutor em Comunicação pelo PPGCOM/UFF, com pós-doutorado em Educação pela FE/UFRJ, no qual desenvolveu a pesquisa “Cinema Afirmativo: alteridade, educação e direitos humanos”. Mestre em Comunicação pelo PPGCOM/UFF. Bacharel e Licenciado em História pela UERJ e Bacharel em Comunicação Social (Cinema) pela UFF. Integra os grupos de pesquisa CINEAD/LECAV: cinema para aprender e desaprender, do Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual da UFRJ, e QUADRO A QUADRO: projetando ideias, refletindo imagens, da UFRB. Produtor, diretor e roteirista de obras audiovisuais. Produtor e Curador de Mostras e Festivais. Coordenou a produção da 8ª e 9ª edições da Mostra Cinema e Direitos Humanos e do projeto Inventar com a Diferença, realizados pela UFF, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Ministério da Cultura. Atuou, por mais de 20 anos, como professor de História e Filosofia na SEEDUC/RJ.

Guilherme de Castro Duarte Martins (Som) – Pesquisador e artista da matéria sonora. Há 18 anos trabalha o som no cinema e audiovisual brasileiro, tendo realizado captação, desenho de som e mixagem em diversos curtas e longas-metragens, entre eles, o premiado “Carro Rei”, de Renata Pinheiro, vencedor do prêmio de melhor desenho de som no 49º Festival de Cinema de Gramado. Em suas pesquisas e realizações explora a linguagem do som enquanto matéria vibracional transformadora das imagens e criadora de espaços-tempos poéticos e políticos. Formado em Audiovisual pela ECA/USP, é mestre em Arte e Cultura Visual pela FAV/UFG com a dissertação “Cartofonias: expedições ao território volátil dos sons”. Atualmente é professor do IFG – Campus Cidade de Goiás e leciona nos cursos de Bacharelado em Cinema e Técnico em Produção de Áudio e Vídeo.

Ana Rezende (Fotografia) – É diretora de fotografia, formada pela EFTI, Centro Internacional de Fotografia e Cine, em Madrid, Espanha. Desde 2013 vem fotografando para programas de TV como: “Boas Vindas”, “Diário de Maternidade” e “Santa Ajuda”, do GNT; e também “Marcadas” do CineBrasil TV. Final de 2017 fotografou para o Projeto Revelando os Brasis e o interprograma Jovem Aprendiz, do Canal Futura. Fez câmera e direção de fotografia para dvds musicais de artistas, como Caetano Veloso, Pedro Luis, Wilson Moreira, e Ordinarius. Trabalhou como fotógrafa do filme “Floresta Vermelha”, projeto inovador feito com tecnologia Open Source.  Operou câmera para as lives de artistas como Gilberto Gil e Iza; Milton Nascimento, Liniker e Xênia França; Elza Soares, Seu Jorge e Agnes Nunes;  Guinga;  Criolo e Alcione. Sua trajetória fotográfica se iniciou na Espanha e Itália de 2007 a 2012, quando prestou assistência ao fotógrafo Diego Sant’Angelo. Em 2012, regressou ao Brasil para acompanhar a Cia Carroça de Mamulengos, documentando através de vídeo e foto o percurso itinerante do grupo pelo Cariri, Ceará, e em seguida ingressou no mercado musical e televisivo.

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