Dez histórias contadas por moradores de cidades do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas viraram filmes que agora serão exibidos na forma de documentários e ficções, em sessões gratuitas, ao ar livre, do Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas II. Roteiro, direção e produção são de moradores locais. O projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.
A programação em ruas e praças será aberta no dia 4 de julho e prosseguirá até 15 de julho. No Espírito Santo, o circuito passará pelos municípios de Aracruz (4/7), Ibiraçu (5/7), João Neiva (6/7), Colatina (7/7) e Baixo Guandu (8/7). Em Minas Gerais, seguirá em Aimorés (9/7), Ipatinga (12/7), Naque (13/7), Coronel Fabriciano (14/7) e Nova Era (15/7).
Um caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 9×6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores exibirá as obras de curta-metragem feitas com o envolvimento das comunidades dos municípios participantes.
O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.
Diversidade criativa e temática
Durante o circuito, as cidades assistirão a uma mostra de obras com diversidade criativa e temática. Temas como a poesia e a nostalgia das memórias de infância, a simplicidade e os desafios da vida no campo, as relações e os vínculos familiares, o fortalecimento de valores e riquezas ancestrais, a esperança e a superação contra a escassez, a jornada interior em busca do auto-conhecimento.
A nova coletânea de filmes apresenta ainda assuntos como o acolhimento a mulheres em situação de vulnerabilidade social que enfrentam a gravidez na adolescência e/ou a violência obstétrica, a transformação de vidas através do empreendedorismo e associativismo e até a história e a contribuição do movimento rock’n’roll na construção da identidade de uma cidade.
Em cada sessão, a comunidade assiste ao filme do lugar e a obras feitas por outros autores selecionados pelo projeto. O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas II reúne os curtas-metragens “Reciclando Vidas e Sonhos”, de Ana Paula da Conceição Imberti, de Ibiraçu (ES); “O T-Rex e a Pedra Lascada”, de Luan Ériclis Damázio da Silva, de João Neiva (ES); “Colatina, A Princesa do Rock, de Nilo José Rezende Tardin, de Colatina (ES); “O Último Trem”, de Fabrício Machado Bertoni, de Colatina (ES); “Um Ponto Rotineiro”, de Jaslinne Pyetra Matias dos Santos, de Baixo Guandu (ES); “Lia, Entre o Rio e a Ferrovia”, de Elisangela Bello Pereira Barcellos, de Aimorés (ES); “Santa Cruz”, de Rita de Cacia Bordone, de Ipatinga (MG); “Holerite”, de Ademir de Sena Moreira, de Naque (MG), “Um Olhar para a Maternidade”, de Patrícia Araújo Azevedo Alves, de Coronel Fabriciano (MG) e “Bicicleta Envenenada”, de Luciene da Conceição Mendes Crepalde, de Nova Era (MG).
A sessão de abertura do circuito de difusão, em Santa Cruz, no município de Aracruz (ES), contará com o lançamento do curta-metragem de animação “A Concha me Contou” feito por estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Nova Santa Cruz” dentro do Projeto Animação Ambiental, com realização do Instituto Marlin Azul e o patrocínio da Imetame, através da Lei de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura/Governo Federal. A exibição acontecerá em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental “Santa Cruz”, localizada na Avenida Presidente Vargas. Na animação, a concha encontra Gabriela para revelar-lhe um segredo: encontrar a maior árvore do lugar e fazer com que ela se levante.
Conheça as etapas do Curta Vitória a Minas II
Depois de selecionados em um concurso de histórias reais ou inventadas, os dez autores se juntaram em uma imersão de quinze dias, realizada em Santa Cruz, Aracruz (ES), para estudar com especialistas de cinema e televisão noções audiovisuais básicas sobre como transformar as histórias que contaram em curtas-metragens de até 15 minutos.
A turma de autores retornou para as cidades de origem para colocar em prática e compartilhar o que aprenderam com a comunidade, tendo o acompanhamento técnico de profissionais do projeto e o envolvimento de outros moradores em funções técnicas e artísticas. Após a montagem e a finalização, as obras seguirão agora para o circuito de difusão que, além da exibição nas cidades dos autores, inclui a inscrição dos curtas em mostras e festivais de cinema nacionais e internacionais.
Saiba mais sobre o Instituto Marlin Azul
O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte e à educação, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 23 anos de atividade, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Curta Vitória a Minas, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, o Projeto Animação, o Cine Quilombola e os Griôs de Goiabeiras.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.
Nos anos de 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
Fonte: Da Redação