A Casa Sinistra é uma das dez histórias que estão sendo transformadas em filme pelo Curta Vitória a Minas III
– Simony Leite Siqueira Assessoria de Comunicação do Instituto Marlin Azul
As manifestações sobrenaturais prosseguiram até a família desistir de morar no lugar. Foto: Divulgação Instituto Marlim Azul
As dez histórias selecionadas pelo Curta Vitória a Minas III para serem transformadas em filme entraram na etapa de montagem e finalização. Uma delas é a ficção “A Casa Sinistra”, baseada em fatos reais, contada pela agente de saúde Marisa de Almeida Silva, moradora de Colatina (ES).
A autora resgatou memórias de uma experiência sobrenatural vivida por ela ao lado da família na chegada ao município capixaba nos anos 80.
O Curta Vitória a Minas é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.
O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.
Que história é essa?
De todas as histórias vividas pela agente de saúde Marisa de Almeida Silva e por sua família, uma ainda desperta espanto e relembra fatos nunca explicados. Quando a mineira chegou ao Espírito Santo, em 1986, em busca de emprego e um novo lugar para construir sua vida ao lado da mãe e dos irmãos, não imaginava encontrar desafios para além da realidade.
A casa localizada na direção da Estação Ferroviária parecia perfeita para abrigar a família, no entanto, eventos estranhos passaram a acontecer.
“Não demorou muito, começamos a ouvir barulho. Era uma vasilha que parecia ter caído, ia lá e não tinha nada. Uma porta que batia, chegava lá, ela estava fechada. Meu irmão que costumava se ajoelhar para orar, não conseguia fazer a oração porque os pensamentos sumiam da mente, algo parecia chegar perto e abraçar.
Vultos que desapareciam nos ambientes, além de uma sensação de algo te observando bem de perto”, descreve a diretora. Estas manifestações sobrenaturais prosseguiram por quase duas semanas até a família desistir de morar no lugar.
Trinta e oito anos depois, Marisa decidiu transformar esta história em curta-metragem através do Curta Vitória a Minas III.
As gravações do filme foram feitas em julho deste ano. A diretora iniciou nesta semana a etapa de edição do curta com a orientação da cineasta e montadora Luelane Corrêa. O cronograma de montagem das dez obras continuará até final de outubro.
A terceira edição do Curta Vitória a Minas reúne histórias vindas de Ibiraçu e Colatina, no Espírito Santo, e de Conselheiro Pena, Governador Valadares, Belo Oriente, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Nova Era e João Monlevade, em Minas Gerais.
Esta é a quarta vez que Colatina tem uma história selecionada pelo projeto. Foram transformadas em filme as histórias “O Som do Silêncio”, de Juliana Brêda, na primeira edição, e “O Último Trem”, de Fabrício Bertoni, e “Colatina: a Princesa do Rock”, de Nilo Tardin, na segunda edição.
Conheça as etapas do Curta Vitória a Minas III
Após terem histórias selecionadas através de um concurso, as autoras e autores se reuniram de 13 a 28 de abril, em Guarapari (ES), para uma imersão audiovisual com aulas expositivas e práticas, exercícios de sensibilização do olhar e da escuta, experimentações de um set de filmagem e trocas de vivências.
Os participantes estudaram com profissionais do cinema e da TV noções básicas sobre roteiro, direção, produção, direção de fotografia, som, direção de arte, montagem, finalização, cinema de grupo, mobilização comunitária e direitos autorais.
Ao final do curso, eles retornaram para suas cidades de origem com o roteiro, o plano de produção e o plano de filmagem em mãos para organizar a pré-produção das filmagens, mobilizar outros moradores para atividades técnicas e artísticas, escolher locações, preparar figurinos, buscar objetos de cena, organizar os personagens.
Na etapa seguinte, profissionais da fotografia, de som e produção se juntaram aos autores (as) e às equipes locais para gravação das histórias nas cidades. O cronograma de filmagens foi realizado no período de junho a agosto de 2024.
Depois da edição e finalização, os filmes serão lançados em telonas de cinema montadas em ruas e praças durante sessões gratuitas nas cidades envolvidas. Esta é a terceira edição do projeto que produziu 15 filmes na primeira edição, lançada em 2014, e 10 obras, na segunda edição, lançada em 2022.
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