19 de novembro de 2024

Cine itinerante exibe curtas produzidos por moradores das regiões ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas

Por Jessica Coutinho

Dez curtas-metragens produzidos por moradores de cidades do Espírito Santo e Minas Gerais ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas serão exibidos gratuitamente em sessões ao ar livre. O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III começa no dia 21 de novembro e vai até 3 de dezembro, passando por municípios capixabas e mineiros.

O projeto, realizado pelo Instituto Marlin Azul com patrocínio do Instituto Cultural Vale, utiliza um caminhão-cinema equipado com uma tela de 8×6 metros, sistema de som e cadeiras para acomodar o público. A estrutura percorrerá cidades como Colatina (ES), Ibiraçu (ES), Governador Valadares (MG), Ipatinga (MG) e João Monlevade (MG), entre outras, promovendo a exibição das produções e o fortalecimento das comunidades locais.

As sessões apresentam filmes feitos por autores das cidades participantes, abordando temas que refletem a cultura e as memórias regionais. O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III reúne os curtas-metragens: As Cercas, de Otávio Luiz Gusso Maioli, de Ibiraçu (ES); A Casa Sinistra, de Marisa de Almeida Silva, de Colatina (ES); Um Rio de Histórias, de Márcia Cristina Cândido Cruz, de Conselheiro Pena (MG); Escasso, de Pedro Siqueira, e A Velha do Rio, de Levi Braga de Souza, ambos de Governador Valadares (MG); Boi Balaio, de Mauro dos Santos Junior, de Belo Oriente (MG); O Pássaro, de Luzia Di Resende, de Ipatinga (MG); Mundaréu, de Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano (MG); Revelações de Carnaval, de Sandra Maura Coelho, de Nova Era (MG); e Me Disseram que Sou Negra, de Alexsandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade (MG).

As sessões do circuito são gratuitas, e a programação completa pode ser consultada no site do Instituto Marlin Azul.

O Curta Vitória a Minas III é fruto de um processo que começou com um concurso para selecionar as histórias. Os autores passaram por imersão audiovisual em Guarapari (ES), onde aprenderam técnicas de roteiro, direção e produção. Após a capacitação, os moradores retornaram às suas cidades para gravar os filmes com o apoio de equipes técnicas e artísticas.

Além de promover exibições nos municípios, o projeto também inscreve os curtas em mostras e festivais, ampliando a visibilidade das produções. Esta é a terceira edição do Curta Vitória a Minas. A primeira ocorreu em 2014, e a segunda, em 2022, sempre com o objetivo de valorizar as histórias e as vozes das comunidades ao longo da ferrovia.

SERVIÇO

Circuito de exibição do Curta Vitória a Minas III
Quando: De 21 de novembro a 03 de dezembro de 2024
Onde: Colatina (ES), Ibiraçu (ES), Conselheiro Pena (MG), Periquito (MG), Governador Valadares (MG), Belo Oriente (MG), Ipatinga (MG), Coronel Fabriciano (MG), Nova Era (MG) e João Molevade (MG)
Entrada Gratuita

Confira o calendário das sessões de cinema

• 21 de novembro (quinta-feira) – 19h30
  Colatina (ES): Área Verde de Eventos da Avenida Beira Rio
• 22 de novembro (sexta-feira) – 19h30
  Ibiraçu (ES): Rua Daniel Comboni (em frente ao Mercado Municipal)
• 23 de novembro (sábado) – 19h30
  Conselheiro Pena (MG): Rua Olinto Henriques (rua da Escola Estadual Maria Guilhermina Pena)
• 24 de novembro (domingo) – 19h30
  Periquito (MG): Avenida Senador Getúlio de Carvalho, 271, Centro (em frente à Prefeitura Municipal de Periquito)
• 25 de novembro (segunda-feira) – 19h30
  Governador Valadares (MG): Praça de Esportes – Rua Afonso Pena, 2550, Centro
• 26 de novembro (terça-feira) – 19h30
  Belo Oriente (MG): Comunidade Bom Jesus do Bagre (Praça da Igreja Católica)
• 27 de novembro (quarta-feira) – 19h30
  Ipatinga (MG): Galpão do Parque Ipanema
• 28 de novembro (quinta-feira) – 19h30
  Coronel Fabriciano (MG): Estacionamento da Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano
• 29 de novembro (sexta-feira) – 19h30
  Nova Era (MG): Praça Juquinha Lima (Morro do Padre)
• 03 de dezembro (terça-feira) – 19h30
  João Monlevade (MG): Praça do Povo

Conheça os filmes, diretoras e diretores

As Cercas de Otávio Luiz Gusso Maioli – Ibiraçu (ES)
Ficção: Uma desavença mesquinha por uma merreca de terra quase leva a uma guerra entre famílias e impacta na ordem de desenvolvimento de uma cidade.

A Casa Sinistra de Marisa de Almeida Silva – Colatina (ES)
Ficção: Depois de enfrentar perdas financeiras, uma família decide mudar de cidade. A nova casa parecia um lar tranquilo para recomeçar a vida.

Um Rio de Histórias de Márcia Cristina Cândido Cruz – Conselheiro Pena (MG)
Ficção: Filme inspirado nas contações de histórias passadas de geração em geração no aconchego familiar dos quintais, em volta do fogão à lenha, misturando real e imaginário, passado e presente, memórias e laços fortes entre avós, pais, filhos e netos.

Escasso de Pedro Vinícius Siqueira Batista – Governador Valadares (MG)
Ficção: Dois vizinhos que vivem em conflito sofrem com a falta d’água na região. Quando apenas um deles passa a ter água em casa, novos problemas vêm à tona.

A Velha do Rio de Levi Braga de Souza – Governador Valadares (MG)
Ficção: Uma menina aprende a navegar o rio para uma disputa inusitada.

Boi Balaio de Mauro dos Santos Junior – Belo Oriente (MG)
Documentário: Todos os anos, após a quaresma, os moradores de Bom Jesus do Bagre percorrem as ruas do distrito para saudar a tradição popular do Boi Balaio, revivendo a alegria e pedindo a fartura que o boi trazia para os mais antigos. 

O Pássaro de Luzia de Resende Mendes – Ipatinga (MG)
Ficção: Uma menina é visitada em sonhos por um pássaro que sussurra despedidas. Atenta, ela observa cada pessoa ao seu redor, buscando desvendar quem será o próximo a ser chamado pelo inesperado.

Mundaréu de Ana Paula Gonçalves Pires – Coronel Fabriciano (MG)
Ficção: Mundaréu é um tantão de trem, aventuras e situações que a Família Constantino vive para conseguir conhecer o mar.

Revelações de Carnaval de Sandra Maura Coelho – Nova Era (MG)
Ficção: No início dos anos 90, o Bloco Boca de Gole vira palco de encontros inusitados e segredos inesperados. Em meio à euforia, máscaras caem e revelações transformam vidas. Uma ficção baseada em uma história real repleta de humor, surpresa e reviravoltas vivida pelas adolescentes Ana Rabo e Zé Bundão em um carnaval inesquecível.

Me Disseram que Sou Negra de Alexsandra Mara Felipe Fernandes – João Monlevade (MG)
Ficção: Menina de pele negra cresceu ouvindo que seu cabelo era “ruim” e que sua cor era “suja”. Com o poder da ancestralidade, descobre que ser mulher preta é ser resistência e potência, é reivindicar sua liberdade e beleza como ato de revolução.