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28/06/2024
Curta Vitória a Minas III se prepara para gravar filmes em cidades capixabas e mineiras

Por Bruna Jureves

28 de junho de 2024

Após dois meses de pré-produção, a turma de autoras e autores do Curta Vitória a Minas III se prepara para uma nova etapa do projeto que transforma histórias em filmes. Chegou a hora de ir para o set de filmagem construir as cenas das ficções e documentários. As gravações começarão nesta quinta-feira (27/06) e seguirão até 03 de agosto. Duas equipes pegarão a estrada e traçarão rotas diferentes em direção aos municípios capixabas e mineiros participantes. Cada grupo composto por um diretor de fotografia, um técnico de som, uma produtora e um assistente de fotografia/fotógrafo still se somará à equipe local formada por moradores das comunidades para a realização das filmagens.

As gravações terão o seguinte cronograma: “As Cercas”, de Otávio Luiz Gusso Maioli, de Ibiraçu/ES (27 a 30/06); “Revelações de Carnaval”, de Sandra Maura Coelho, de Nova Era/MG (28/06 a 1º/07); “A Casa Sinistra”, de Marisa de Almeida Silva, de Colatina/ES (06 a 09/07); “A Velha do Rio”, de Levi Braga de Souza (1º a 04/07), e “Os Amigos da Água”, de Pedro Vinícius Siqueira Batista (10 a 14/07), ambos de Governador Valadares/MG; “Me Disseram que Sou Negra”, de Alexandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade/MG (04 a 08/07); “Boi Balaio”, de Mauro dos Santos Júnior, de Belo Oriente/MG (10 a 14/07); “O Pássaro”, de Luzia Di Resende, de Ipatinga/MG (17 a 21/07); “O Trem, a Farofa, a Kombi e a Família Constantino”, de Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano/MG (22 a 28/07); e “Um Rio de Histórias”, de Márcia Cristina Cândido Cruz, de Conselheiro Pena/MG (30/07 a 03/08).

Um dos primeiros a gravar será o professor e policial federal Otávio Maioli, morador de Ibiraçu (ES). Na história “As Cercas”, o capixaba resgatará um causo ouvido do avô sobre um conflito de fronteiras ocorrido no início do século passado envolvendo dois proprietários de terras vindos de famílias italianas. O roteirista, diretor e produtor contou com o envolvimento e a mobilização dos moradores na ocupação de funções do elenco, na disponibilização de locais de gravação, na seleção e organização dos figurinos e dos objetos antigos e no levantamento de fotografias, documentos e informações históricas sobre o modo de vida e os eventos da época.

“Agora é a hora da gravação. Estou muito empolgado, principalmente, com o engajamento das pessoas na reta final. Dá aquele friozinho na barriga porque tem sempre alguma coisa pra resolver. Eu não sou uma pessoa ansiosa, mas estou um pouco por conta de ser algo que eu nunca fiz, apesar de toda a experiência que tivemos no curso audiovisual promovido pelo projeto. Foi uma experiência muito boa, ajudou bastante na pré-produção. Estou confiante que vai dar tudo certo. Espero fazer um bom trabalho e que possamos chegar todos juntos num filme que seja um material muito importante sobre a história do nosso município e do nosso estado”, relata Otávio.

A atriz Luzia Di Resende, moradora de Ipatinga (MG), transformará em filme a história de uma ave de mau-agouro. “O trabalho é constante e incessante porque a todo momento é preciso rever o roteiro e observar se todas aquelas coisas que você descreveu, que criou como possibilidade para execução do seu filme, se estão sendo executadas na sua pré-produção. Na verdade, o filme não sai da cabeça. A expectativa para a filmagem é enorme. A ideia de ver materializado aquilo que está no campo mental, no campo da imaginação, é muito bacana e é muito potente. Tem sido um trabalho muito bonito porque ele é muito profundo e precisa da sua dedicação, do seu interesse real e, isso, os grandes trabalhos de arte trazem. É muito bom fazer parte disto”, relata a roteirista, diretora e produtora da ficção “O Pássaro”.

Depois da montagem e finalização, as obras serão exibidas numa telona montada em ruas e praças das cidades em sessões abertas e gratuitas para as comunidades. O Curta Vitória a Minas é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.

O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.

A Casa Sinistra, A Velha do Rio, As Cercas, Boi Balaio, Me Disseram Que Sou Negra, O Pássaro, O Trem, a Farofa, a Kombi e a Família Constantino, Os Amigos da Água, Revelações de Carnaval, Um Rio de Histórias

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