Clipping

Site JM Notícias
19/11/2024
Curta Vitória à Minas em Monlevade

E será com filme da produtora monlevadense Alexsandra Mara!

Chegou a hora de conhecer os dez filmes com roteiro, direção e produção de moradores de cidades mineiras e capixabas do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas durante sessões gratuitas ao ar livre do Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III. 

Em sua terceira edição, o projeto é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal.

Um caminhão-cinema equipado com uma estrutura com telona de 8×6 metros, projetores, sistema de sonorização e cadeiras para acomodar os espectadores exibirá as obras de curta-metragem feitas pelas autoras e autores das histórias selecionadas, com o envolvimento das comunidades dos municípios participantes.

A programação em ruas e praças será aberta nesta quinta-feira, dia 21 de novembro no município de Colatina. Em Nova Era  a exibição será no dia 29, e em João Monlevade no dia 3 de dezembro.

Nova Era

O filme “Revelações de Carnaval” foi produzido por Sandra Maura Coelho, de Nova Era (MG). A apresentação será no dia 29, uma sexta-feira, às 19h30 na Praça Juquinha Lima (Morro do Padre). Ela é turismóloga, tem 49 anos e conta a história do Bloco Boca de Gole que virou palco de encontros inusitados e segredos inesperados. No início dos anos 90, em meio à euforia, máscaras caem e revelações transformam vidas. Uma ficção baseada em uma história real repleta de humor, surpresa e reviravoltas vivida pelas adolescentes Ana Rabo e Zé Bundão em um carnaval inesquecível.

João Monlevade

O filme “Me Disseram que Sou Negra”, foi produzido por Alexsandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade (MG). Ela é produtora cultural, tem 52 anos, e conta a história de uma menina de pele negra que cresceu ouvindo que seu cabelo era “ruim” e que sua cor era “suja”. Com o poder da ancestralidade, descobre que ser mulher preta é ser resistência e potência, é reivindicar sua liberdade e beleza como ato de revolução.

Demais cidades

O circuito passará ainda pelos municípios de Ibiraçu (22/11), no Espírito Santo, e seguirá para Conselheiro Pena (23/11), Periquito (24/11), Governador Valadares (25/11), Belo Oriente (26/11), Ipatinga (27/11) e Coronel Fabriciano (28/11).

Registro de memórias

O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.

A coletânea de curtas aborda temáticas diversificadas: identidade, empoderamento e protagonismo da mulher negra na luta contra o racismo; memórias de carnavais antigos; lendas e crenças populares; causos de pescadores; festas populares; tradição da contação de histórias; contos assombrados baseadas em relatos reais; disputa de terra entre proprietários rurais e uma divertida viagem de trem e de kombi de uma família que sai do interior de Minas Gerais em direção às praias do Espírito Santo.

Em cada sessão, a comunidade assiste ao filme do lugar e a obras feitas por outros autores e autoras selecionados pelo projeto.

O Circuito de Exibição do Curta Vitória a Minas III reúne os curtas-metragens “As Cercas”, de Otávio Luiz Gusso Maioli, de Ibiraçu (ES); “A Casa Sinistra”, de Marisa de Almeida Silva, de Colatina (ES); “Um Rio de Histórias”, de Márcia Cristina Cândido Cruz, de Conselheiro Pena (MG); “Escasso”, de Pedro Siqueira, e “A Velha do Rio”, de Levi Braga de Souza, ambos de Governador Valadares (MG); “Boi Balaio”, de Mauro dos Santos Junior, de Belo Oriente (MG); “O Pássaro”, de Luzia Di Resende, de Ipatinga (MG); “Mundaréu”, de Ana Paula Gonçalves Pires, de Coronel Fabriciano (MG); “Revelações de Carnaval”, de Sandra Maura Coelho, de Nova Era (MG); e “Me Disseram que Sou Negra”, de Alexsandra Mara Felipe Fernandes, de João Monlevade (MG).

 Conheça as etapas do Curta Vitória a Minas

Após a seleção das histórias por meio de concurso, as autoras e autores se reuniram de 13 a 28 de abril, em Guarapari (ES), para uma imersão audiovisual com aulas expositivas e práticas, exercícios de sensibilização do olhar e da escuta, experimentações de um set de filmagem e trocas de vivências. Os participantes estudaram com profissionais do cinema e da TV noções básicas sobre roteiro, direção, produção, direção de fotografia, som, direção de arte, montagem, finalização, cinema de grupo, mobilização comunitária e direitos autorais.

Ao final do curso, eles retornaram para suas cidades de origem com o roteiro, o plano de produção e o plano de filmagem em mãos para organizar a pré-produção das filmagens, mobilizar outros moradores para atividades técnicas e artísticas, escolher locações, preparar figurinos, buscar objetos de cena, organizar os personagens. Na etapa seguinte, profissionais da fotografia, de som e produção se juntaram aos autores (as) e às equipes locais para gravação das histórias nas cidades. O cronograma de filmagens das dez obras foi realizado no período de junho a agosto de 2024.

Depois da montagem e finalização, as obras seguirão agora para o circuito de difusão que, além da exibição nas cidades, incluirá a inscrição dos curtas em mostras e festivais de cinema. Esta é a terceira edição do projeto. A primeira edição reuniu 15 filmes, lançados em 2014. Na segunda edição, foram realizados 10 curtas-metragens com roteiro, direção e produção dos moradores e o lançamento das obras aconteceu em 2022. 

Saiba mais sobre o Instituto Marlin Azul

O Instituto Marlin Azul é uma associação sem fins lucrativos criada em 1999 cuja finalidade é promover ações direcionadas à cultura, à arte, à educação, à preservação da memória e do patrimônio cultural, democratizando o acesso à produção e fruição de bens culturais. Em 25 anos de atividade, a instituição vem desenvolvendo diversos projetos sociais, culturais e audiovisuais voltados para diferentes públicos do Espírito Santo e do Brasil. Além do Curta Vitória a Minas, a instituição desenvolve ações como o Revelando os Brasis, o Projeto Animação, o Cine Animazul, o Cine Quilombola, o Cinema de Griô, os Griôs de Goiabeiras, o Memória do Barro. Para conhecer os projetos, acesse institutomarlinazul.org.br.

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é o maior apoiador da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país em com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.

Me Disseram Que Sou Negra, Revelações de Carnaval

Ficha de Inscrição

Assine

* indicates required